A empreitada de requalificação da Avenida Marginal do Porto de Pesca do Largo (Cais Dique), iniciada em abril deste ano, recebeu uma visita da Comissão de Acompanhamento da Obra no passado dia 6 de junho. Estiveram presentes a Administração do Porto de Aveiro, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, e o vice-presidente, João Semedo, o presidente da Comunidade Portuária, Nuno Pires, e o Capitão do Porto de Aveiro, Ricardo Guerreiro, bem como o empreiteiro e os técnicos da APA SA, que acompanharam o avanço da intervenção, considerada estratégica para a valorização urbanística e funcional daquela zona portuária.
A visita começou no novo parque de estacionamento, praticamente concluído, que contará com 138 lugares: 122 para veículos ligeiros, 11 para pesados e 5 reservados a pessoas com mobilidade reduzida.
Embora esta primeira fase da empreitada tenha uma duração prevista de cinco meses, os trabalhos na frente marítima já evidenciam progressos significativos, encontrando-se a intervenção com cerca de 13% de execução.
Na visita foi possível observar os dois primeiros maciços de amarração — blocos estruturais de betão armado que permitem o acostamento seguro das embarcações. No total, nesta primeira fase, serão instalados 22 maciços, que servirão também de base para os novos cabeços de amarração, estruturas metálicas que permitem prender os cabos dos navios. Os anteriores serão removidos e substituídos por estruturas mais robustas, com capacidade para 50 toneladas, reforçando não só a segurança, como a capacidade de resposta do porto a embarcações de maior porte, colocando esta infraestrutura na vanguarda do Porto de Aveiro.
Requalificação pretende valorizar infraestrutura portuária
Esta infraestrutura portuária tem um papel determinante no setor da pesca do largo, servindo atualmente 15 pontes-cais utilizadas por empresas ligadas à captura, processamento, congelamento e distribuição de pescado.
A requalificação em curso tem também como objetivo aumentar a resiliência da infraestrutura às alterações climáticas, contribuindo para minimizar os efeitos das inundações que ocorrem em períodos de marés vivas.
Com um investimento global de cerca de 4,5 milhões de euros, a intervenção inclui ainda a construção de um novo muro de contenção (Cais Dique), o reforço do enrocamento existente, a instalação de válvulas de maré e diversas intervenções na via pública: criação de novas infraestruturas, construção de ciclovia, passeios e ações de paisagismo.
A conclusão da empreitada está prevista para abril de 2026.
