A Administração do Porto de Aveiro (APA) está a negociar a instalação de novas empresas do sector eólico.
Depois da PT wind, existem outras propostas ´em cima da mesa´.
A confirmarem-se estes novos investimentos, a atual zona ocupada pelo depósito de areia será disponibilizada para expansão industrial e de logística.
A concessão para a fábrica de torres eólicas da PT Wind, atribuída no ano passado, destina-se a torres eólicas de aerogeradores, sobretudo, em produção offshore.
"Estão a desenvolver os projetos técnicos, contamos que durante 2016 se inicie a construção das unidades", adiantou Pedro Braga da Cruz, presidente do Porto de Aveiro.
O futuro complexo fica localizado Zona de Actividades Logísticas e Industriais (ZALI) podendo entrar em laboração em 2017.
Segundo o presidente da APA, "estão em vias de concretização outros negócios na mesma área, aguardando-se pelo desfecho das negociações".
O Porto de Aveiro pode, assim, beneficiar de atividades que produzem peças em fábricas da região e cujas dimensões são um problema no transporte terrestre. Por isso, as empresas procuram ficar próximas da saída marítima para exportação.
A negociação dos contratos é complexa, mas a administração portuária quer facilitar no que for possível. "As empresas querem ter uma confiança grande, para não lhes serem exigidas rendas que podem inviabilizar o negócio. Estamos conscientes disso e temos disponibilidade para acolher", adiantou Pedro Braga da Cruz.
O Porto de Aveiro poderá abrir uma nova frente, criando infra-estruturas à medida das solicitações, nomeadamente na área ocupada pelo depósito de areias, "que vai desaparecendo para libertar espaços e acolher investimentos".
As eólicas, de resto, têm dado um contributo importante no crescimento ao nível de número de navios que passam pelo porto de Aveiro.
A plataforma portuária pode acolhe projetos de baixa/média intensidade industrial em 84 hectares, servidos por cais com um km de comprimento e ligação ferroviária.